segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Doctor Rockit & Café de Flore SIS#3


Café de Flore, uma agradável surpresa!

Este filme de 2011, realizado por Jean-Marc Vallée, foi-me apresentado por bons e grandes amigos. Desconhecia a sua existência e suponho que tenha passado despercebido a muita gente. Contudo, não o podia deixar passar em claro. É um filme sobre o qual ainda reflicto, e devo reconhecer que me tocou. Não sendo brilhante ou genial, possui essa capacidade particular de me fazer esquecer as pequenas falhas, assim como os elos fracamente estabelecidos ou personagens pouco aprofundadas.

O filme é-nos apresentado através de vários fragmentos de duas histórias, e, entre flashbacks e flash-forwards, rapidamente compreendemos que estas histórias estão lincadas por um amor tão forte, que é capaz de atravessar décadas para ser revivido e apaziguado. Por um lado, na década de 60, vivemos a história de Laurent, uma criança com síndrome de Down, que é profundamente amada e inteligentemente protegida pela sua mãe, Jacqueline. O amor que ela sente pelo seu filho, é levado ao extremo, e aqui, reconheça-se a excelente interpretação de Vanessa Paradis como mãe de Laurent. Do outro lado da linha temporal, na actualidade, vivemos a vida de um DJ famoso, Antoine Godin, que acaba de se divorciar e sente ter encontrado a sua alma gémea.

As duas histórias completam-se e unem-se à luz da música do Doctor Rockit, mas também de uma banda sonora maravilhosa que inclui Pink Floyd, Sigur Rós ou The Cure. Próximos do final, conseguimos antever a ligação entre as personagens.

Mais do que outro pensamento, e como noutros filmes de Vallée, Café de Flore relembra-nos que quando amamos alguém, devemos saber estar com ele, mas devemos igualmente saber, quando deixá-lo ir. "If you love something, let it go. If it comes back to you, it's yours forever. If it doesn't, it wasn't meant to be." – Anónimo.

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10 comentários:

  1. Não conhecia o filme, mas fiquei com vontade.

    xo

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  2. Por acaso nunca ouvi falar mas parece-me bastante bem ;)

    Beijinho*

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    1. Recomendo vivamente. Mais uma vez, a construção não é brilhante, mas a história e a música são mesmo envolventes.

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  3. Gostei e partilho da tua conclusão final :)

    (não conheço o filme)

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    1. O amor é altruísta, verdade? Devemos pensar sempre no bem estar do nosso objecto de amor; se assim for, e ele também nos amar, estaremos sempre juntos.

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    1. Obrigada MaR, pelo selo. Um beijo e continuação de bons posts para eu ler:)

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  5. Desconhecia o filme, mas fiz questão em ver e rever, adorei, especialmente o amor da mãe pelo filho, é na doença e em certos momentos que temos a prova de que o amor realmente existe.
    Obrigado pela tua sugestão e os meus parabéns pelo teu bom gosto.

    Desejo-te uma boa semana, beijinhos.

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    1. Fico tão feliz por teres visto o filme! E ainda bem que gostaste. A minha história preferida também é a da mãe e do filho com síndroma de Down.

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