quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Eu e o Marcelo Rebelo de Sousa, aquela pequena diferença


Há alguns anos atrás, penso que por volta de 2001 ou 2002, e aqui dêem-me um desconto pela falta de exactidão, mas já lá vão mais de 10 anos, o Público lançou uma colecção de livros. O primeiro livro da colecção, O Nome da Rosa de Umberto Eco, era gratuito. Como já tinha visto o filme vezes sem conta, resolvi adquirir o Público e com ele receber o livro de oferta.

Quando comecei a perceber que os livros que iam ser lançados eram daqueles clássicos que todos devíamos ler, pelo menos uma vez na vida, resolvi fazer a colecção. Salvo dois ou três livros que emprestei sem o v de volta, tenho a colecção completa e muito bonita na estante lá de casa. Gosto imenso das cores das capas e da forma como se conjugam na estante. A colecção tem um único senão. Por ter sido de baixo custo, tem uma impressão com fonte de letra muito pequena e pouco espaçada. Desta forma consegue-se reduzir bastante a quantidade de papel consumido em cada livro, o que olhando para o Doutor Jivago do Boris Pasternak, entre outros, se percebe perfeitamente. Ainda assim, e compreendendo os motivos da produção, os livros tornam-se menos fáceis e apelativos de ler.

Ao longo dos anos tenho lido alguns, mas dos trinta e um ainda faltam...bastantes. Entretanto, foram surgindo novos títulos e novos autores que tomaram precedência sobre estes clássicos. De qualquer forma, antes de regressar ao porto, passei pela estante e escolhi três que gostaria de ler até ao final do ano. Vou começar pela Costa dos Murmúrios da Lídia Jorge.

Ahhh... Eu e o Marcelo Rebelo de Sousa! Quando olhei para a colecção na estante, pensei que se fosse o Professor, já teria lido no mínimo dez vezes aquela colecção. Gostaria de ter aquela fome de livros e o conhecimento que advém de saciar essa fome. Mas enfim... batem as 12 badaladas e estou cheia de sono. Gosto de dormir pelo menos 7 horas para não parecer uma zombie no dia seguinte. Também gosto de ver uns filmes e umas séries e de sair com os amigos. Ah e gosto de escrever neste blog!

Ainda não consigo gerir tão bem o meu tempo que me permita ler tantos livros como o Professor. É só essa pequena diferença!

9 comentários:

  1. Caramba, mas o homem quase não dorme!
    Sabias que ele só dorme 4 horas/noite? É público!
    Leio muito de facto, mas também adoro dormir.

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    1. É verdade, o Professor é uma personalidade realmente única e com capacidades fora do normal. Gosto imenso dos comentários que faz e do espaço que dedica nos seus programas, à recomendação de livros para ler. Fico sempre muito impressionada com a quantidade de livros recomendados.

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  2. E fazes muito bem, o teu blog é bonito.
    Bjs.

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  3. Ah, finalmente consegui ser o Moonrise Kingdom... genial!!

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    1. Vale realmente a pena, o filme é genial e à parte aquele grande elenco, os protagonistas ainda vão dar cartas a julgar pela performance neste filme.

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  4. Eu li primeiro o livro do Umberto Eco e depois é que vi o filme. E o livro é milhentas vezes melhor. Acho que se sente mais ou menos sempre isto quando se compara um livro ao filme.
    Também sinto um pouco como tu essa falta de tempo para ler, mas também não era capaz de dormir só as 4h/dia do Prof. Marcelo. Como a "addiction" é tão grande, tenho de ler sempre meia dúzia de páginas diariamente antes de me deitar.
    Boas leituras ;)
    xo

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    1. É verdade, ainda não houve nenhum filme que tenha visto, capaz de bater o livro. No caso d'O nome da rosa, foi chato estar a ler uma trama relativamente à qual já conhecia o desfecho, mas ainda assim, o livro é muito melhor.
      Um filme feito com base num livro que alguém escreveu já é sempre a visão do realizador sobre aquele assunto. É bom quando lemos um livro e podemos construir nós, na nossa imaginação, as personagens e os ambientes envolventes.

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