segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal (vindo da vila)



Por aqui o Natal ainda se sente assim, com um madeiro a arder, no restaurado adro da igreja. 
A tradição ainda é o que era?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Coffee & Cigarettes (Versão SS)

Para quem viu o "Coffee & Cigarettes" do Jim Jarmush, não é difícil compreender a minha relação com um e com outro.



Fui fumadora regular durante 8 anos, apesar de nunca ter tido pulmão para aguentar mais de um maço por dia. Sendo que este expoente, era sempre atingido em jantares bem regados e seguidos de uma noite de euforia.

Deixei de fumar em 2007 e nem me custou muito... Uma questão de economia, saúde, e inteligência. Convenhamos que a lei anti-tabaco, em muito ajudou! Não tenho paciência para ir para a rua ou estar num espaço confinado a fumar. Altera completamente a forma como me relaciono com o tabaco.
Nos tempos de ex-fumadora, que duraram quatro anos, o que mais sentia falta eram as conversas de café acompanhadas de um bom cigarro, tq Iggy Pop e Tom Waits. Sempre quis entrar nesse registo do cigarro social e, desde há dois anos que o faço. Fumo alguns cigarros em jantares, noites de folia ou quando a conversa a isso puxa.

Hoje, numa das minhas tentativas stressantes de efectuar as últimas compras de Natal, entrei no Maia Shopping e acabei por jantar por lá. Infelizmente, descobri que, bem situada na zona da restauração, há uma zona para fumadores. Nada que se pareça com um dos cubículos segregadores nos quais sou incapaz de entrar. Não fossem os extractores em cima e ninguém diria!
Acabei por comprar um Marlboro Gold, passo a publicidade, e fumar um cigarro com um café! Sozinha!

Conclusão: Estes locais deviam ser proibidos, de todo! E não estou contra os fumadores etc e tal. Muito pelo contrário, acho que flexibilidade, civismo e respeito por todas as partes são necessários, mas nos shoppings e afins, seria de evitar. Reservem espaços para fumadores em zonas de cafés, restaurantes, bares e discotecas.

SS agradece, e promete não voltar a cometer esta mesma palermice. A falta de ideias para comprar prendas importantes é que resultou nisto!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Quedas e tombos - Parte I

E começo por dizer que não aspirem a ler uma Parte II.



Ainda se lembram da última vez que sofreram / observaram uma queda aparatosa em público? Estão a ver a dor escondida pela vergonha? E as lágrimas dissimuladas pelo riso nervoso? Estou a dramatizar, mas a verdade é que não ando assim tão longe da verdade.

Hoje estatelei-me ao comprido no meu local de trabalho. Acreditem que foi uma queda séria, de tal forma, que nem os meus colegas se conseguiram rir. No meio de todo aquele aparato, entre pensar se tinha partido o maxilar ou torcido o joelho, a única a rir, era mesmo eu. Não sei se pelo ridículo de quem tropeça em si mesma, se pela alegria com que ia caminhando para o meu gabinete, e que se mostrou ser tão efémera. O mais certo, era estar a rir por tudo isto e para disfarçar o embaraço da situação.

Ao fim de algum tempo (um bom tempo!!), e depois de ter percebido que tinha sobrevivido, com únicas mazelas, um olho potencialmente negro e um joelho inchado, regressei simplesmente ao trabalho. O que mais se pode fazer com os obstáculos que se nos colocam? Sobreviver e seguir em frente. Se me perguntarem pelo inchaço da cara, digo que é de nascença e evito falar mais sobre o assunto!

The XX :: Singing Wham! Last Christmas #10



Declaro aberto o espírito oficial do Natal! E porque não há Natal sem o Last Christmas dos Wham! Desta feita, deixo-vos com esta cover dos The XX, que já dispensam quaisquer apresentações.

Feliz Natal para todos!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Mentiras... Essa compulsão.

O Sr R era um sociopata da pior espécie. Deixemos até o "Sr" de lado, porque R não merece essa delicadeza. Era um verdadeiro mentiroso compulsivo, daqueles que só mostram o que são, à custa de grandes investidas do outro lado.
Diana, essa doce heroína citadina, conhecia-o desde sempre. Tinham feito o ensino básico juntos, tinham sido amigos. Na altura, R era apenas um puto desorientado e meio gordinho, mas os anos encarregaram-se de o tornar num homem alto, bonito e charmoso. Um verdadeiro chamariz, para um coração partido.
Quando se reencontraram, ao fim de todos aqueles anos, R tinha acabado de assumir o cargo de director comercial numa grande farmacêutica. Numa noite quente de outono levou-a a jantar num dos sítios mais in da cidade, o bastante para o clique acontecer. Aquela semana que teria certamente sido monótona e cinzenta, tornou-se numa verdadeira roda viva.
Por aqueles dias, o cérebro de Diana estava completamente entorpecido. Entre charros e riscos de neve, os dois viveram nos lençóis. Foderam até mais não e perderam necessárias horas de sono...
Teria sido bom terminar por aqui, sem necessidade de despedidas ou explicações, mas R tornou-se incapaz de viver sem fazer dramas. Prometeu-lhe o mundo! Em duas semanas de loucuras, prometeu-lhe uma vida para os dois, uma família... E depois foi embora. Sem nada lhe dizer, seguiu para Luanda a trabalho! Não falaram durante 1 mês.
Diana não engoliu aquela história, telefonou-lhe, e descarregou 30 dias de frustrações acumuladas via linha telefónica. R estupidificou-a, virou o bico ao prego. Acusou-a de o ter deixado, de não lhe atender o telefone, de o trair com outro. Argumentou como um bom comercial e mentiu até levar Diana ao limite. Desligaram o telefone e não mais se falaram ou encontraram.
Alguns anos depois, numa noite gélida de inverno, Diana resolvera sair com uma amiga. Enquanto percorriam uma rua escura para chegar ao novo bar de gins, um homem passou por elas. Raspou em Diana, mas ela não lhe conseguiu ver o rosto e o casaco que trazia deformava-lhe o corpo. Diana começava naquele momento a sentir os efeitos do charro que tinha fumado na rua minutos antes. Talvez por isso, com o olfacto mais apurado, lhe tivesse reconhecido o cheiro, mesmo depois de todos aqueles anos.
Não resistiu, tal como as crianças que tocam as campainhas e fogem, chamou-o:
- R!
Era realmente ele e voltou-se para trás ao reconhecer o seu nome, mas não disse nada.
- Desculpa!
Diana entrou no bar com a amiga e bebeu um Hendricks. Essa noite, ao chegar a casa, apenas adormeceu tranquilamente...

Seapony :: Prove to me #9


Hoje foi dia de Seapony fever... Esta banda de Seattle, volta em 2012 com um novo álbum. Falling revela novamente um registo claramente Indie/Dream Pop, e como o nome revela, é caso para fall in love.

Este Prove to me, é simples mas eficaz, feito daquela intimidade que apetece no Inverno, em casa, sozinha, no calor da lareira.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

The Cure :: To wish impossible things #8


Há momentos em que só me apetece ouvir The Cure. Nos momentos mais depressivos acabo sempre por regressar aos velhos clássicos como este To wish impossible things do álbum Wish de 1992.

Com mais de 30 anos de história e 13 álbuns editados em estúdio, já não há muito a dizer sobre esta banda inglesa que ainda hoje me faz chorar. Por isso convido-vos apenas a ouvir estas impossibilidades com as quais tenho sonhado demais nos últimos tempos.

sábado, 24 de novembro de 2012

Solidão

A Diana já vivia há demasiado tempo sozinha.

Naquela noite, chegada a casa depois de umas boas horas a suar no ginásio, encontrara a sala vazia. Os seus saltos altos, que lá fora usara para fingir uma segurança enorme, ecoaram no espaço frio e pouco habitado. Sem jantar, abriu apenas uma garrafa de Duas Quintas, o tinto da sua preferência,  e bebeu-o numa tentativa de atenuar a dor de quem sente o coração a fechar-se. Inebriada, entrou num prolongado e sério monólogo que lhe permitiu ouvir a sua voz a encher o espaço aberto; entre duas passas dadas num charro esquecido, surgiu outra personagem que lhe mostrou um sorriso irónico e macabro. A outra estava ali apenas para contrapor os seus argumentos e levá-la à loucura.

Incapaz de sair daquele loop esgotante, em luta com ela própia, saiu para a noite, saiu para a caça... As suas últimas relações tinham sido insípidas, sem calor e sem tesão. Desde a última vez que tinha sentido uma penetração forte e intensa já tinham passado alguns anos, e ansiava por cair nos braços de um homem que a pudesse fazer feliz por algumas horas.

Aquela noite apenas encontrou luzes frias e um barulho ensurdecedor. Acordou sozinha por volta da uma da tarde, levantou-se e sentiu humidade num dos olhos. Não percebeu de onde tinha saído aquela lágrima.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fashion #7






Porto Night Out 
Saia Peplum (Bershka) 
Top (Zara) 
Casaco (Stradivarius)
Pulseira (Mango)

Bat for Lashes :: Laura #7



E assim regresso aos posts... Aos que por aqui passam regularmente, peço desculpa pela ausência, e espero que este "Laura", da querida Natasha Khan, a.k.a. Bat for Lashes, seja um prenúncio de um bom regresso à escrita e ao blog.

Aproveito para vos dizer que Haunted Man, o terceiro álbum da Bat for Lashes, que saiu no final do mês passado, tem soado vezes sem conta na minha rádio. 11 músicas saídas de um bloqueio de artista, como ela mesma disse. Assim sendo, vivam os bloqueios artísticos! Adoro o álbum, bem como este Laura.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Citizens :: True Romance #6


Para acabar um longo dia e uma longa noite, deixo-vos com True Romance, para quem acredita nisso, destes good good Citizens. E neste caso vale mesmo a pena acreditar! Este grupo londrino de cinco, assinou com a editora electrónica / indie Kitsuné, e o novo disco, Here We Are, lançado em Maio deste ano e produzido por Alex Kapranos dos Franz Ferdinand, é realmente qualquer coisa.

Fiquem atentos a esta banda. Eu estou à espera de grandes sons..

.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Doctor Rockit & Café de Flore SIS#3


Café de Flore, uma agradável surpresa!

Este filme de 2011, realizado por Jean-Marc Vallée, foi-me apresentado por bons e grandes amigos. Desconhecia a sua existência e suponho que tenha passado despercebido a muita gente. Contudo, não o podia deixar passar em claro. É um filme sobre o qual ainda reflicto, e devo reconhecer que me tocou. Não sendo brilhante ou genial, possui essa capacidade particular de me fazer esquecer as pequenas falhas, assim como os elos fracamente estabelecidos ou personagens pouco aprofundadas.

O filme é-nos apresentado através de vários fragmentos de duas histórias, e, entre flashbacks e flash-forwards, rapidamente compreendemos que estas histórias estão lincadas por um amor tão forte, que é capaz de atravessar décadas para ser revivido e apaziguado. Por um lado, na década de 60, vivemos a história de Laurent, uma criança com síndrome de Down, que é profundamente amada e inteligentemente protegida pela sua mãe, Jacqueline. O amor que ela sente pelo seu filho, é levado ao extremo, e aqui, reconheça-se a excelente interpretação de Vanessa Paradis como mãe de Laurent. Do outro lado da linha temporal, na actualidade, vivemos a vida de um DJ famoso, Antoine Godin, que acaba de se divorciar e sente ter encontrado a sua alma gémea.

As duas histórias completam-se e unem-se à luz da música do Doctor Rockit, mas também de uma banda sonora maravilhosa que inclui Pink Floyd, Sigur Rós ou The Cure. Próximos do final, conseguimos antever a ligação entre as personagens.

Mais do que outro pensamento, e como noutros filmes de Vallée, Café de Flore relembra-nos que quando amamos alguém, devemos saber estar com ele, mas devemos igualmente saber, quando deixá-lo ir. "If you love something, let it go. If it comes back to you, it's yours forever. If it doesn't, it wasn't meant to be." – Anónimo.

*******

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

EndOfSummer_MixTape #5



Porque o verão está mesmo a acabar, ou já acabou... Fica aqui a minha selecção musical para o Verão 2012! Espero que gostem.
 

domingo, 9 de setembro de 2012

Fashion #6


Top Peplum Bershka NorteShopping (15,99 Euros)
Colar Bershka NorteShopping (9,99 Euros)

Uma das minhas últimas aquisições! O top peplum da Bershka e o colar da mesma loja. São lindos e um excelente look para um cafezinho à noite.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Fado, Futebol...

... E agora nem "um milagre de Fátima" nos salva! Já só lá vamos com...



Não gostaria de abrir uma rubrica para debater política, mas é impossível não manifestar um profundo descontentamento relativamente às novas medidas de austeridade com que este governo nos brinda numa sexta-feira à noite, e antes de um jogo da selecção!

Uma vez mais, vemo-nos todos, trabalhadores, prejudicados. O estado engorda mais um vencimento, a somar aos dois que já haviam sido retirados à função pública, e ainda se justifica com a redução da carga aplicada sobre as empresas. As medidas de austeridade continuam a incidir sobre os mesmos e não sobre quem detém riqueza, contribuindo para uma cada vez maior discrepância social.

Cada vez me parece mais longínqua a possibilidade de uma evolução na carreira. Resta-me continuar a procurar lá fora, aquilo que aqui não se vislumbra poder acontecer nos próximos anos. É verdade, há já algum tempo que tinha deixado de querer trabalhar neste país. Hoje só voltei a confirmar o que já sabia.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Erica Spring :: Debut EP #4



Hoje deixo-vos com esta descoberta. Não é demasiado recente, mas as férias desviaram-me do panorama musical! Hidden é do debut album de Erica Spring, membro de Au Revoir Simone, um grupo que amo de paixão. O EP é uma compilação irresistível de 5 faixas de pop electrónico.
Se já se apaixonaram por esta, podem ouvir as restantes faixas em http://soundcloud.com/cascine/sets/erika-spring-ep-1/.

O vídeo foi realizado por Celia Rowlson-Hall, e é uma rotina de dança "about a desire for fresh beginnings". Não podia ser mais perfeito!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Há uma linha que separa...

... as pessoas com sentido cívico e espírito de ajuda, das que sofrem de um medo tremendo que as impede de prestar auxílio aos outros, sendo desprovidas de qualquer noção do significado de solidariedade. Ou possivelmente, são apenas negligentes!

 
(Desculpem o cliché, mas andava com vontade de avançar com este título, mesmo sendo uma referência a uma marca / serviço sobre o qual não tenho coisas muito bonitas a dizer. É grave quando pensamos em como a publicidade e o marketing nos manipulam desta forma, mas isso já dava outro tema!)

Avançando com a ideia inicial, aquilo que quero dizer é que tenho cada vez mais, a triste mas nítida sensação, que a maioria das pessoas vive alheada do resto do mundo, mesmo quando o mundo vive na porta ao lado. Estou a falar, particularmente, dos nossos vizinhos. Aquelas pessoas a quem se bate à porta para pedir azeite ou sal porque houve uma falta, ou a quem se dá uma boleia porque o carro ficou na oficina. Seria de esperar que entre estes conhecidos, reinasse um espírito de entreajuda e solidariedade. Mas as situações concretas com que me tenho deparado, todas desde que vivo na zona do grande Porto, mostram que "os vizinhos" parecem querer viver numa redoma, onde incluem família, amigos e "interesses", essenciais porque não conseguem viver sozinhos. Contudo, não se deixam penetrar pelas vidas dos que apenas conhecem e vivem mesmo ali.

Concerteza que nos dias que correm, e sobretudo nos grandes meios, devemos gerir cada caso com a devida parcimónia. Mas não me parece humano caminhar no sentido de refrear o ímpeto de ajudar alguém que conhecemos e nos está a pedir auxílio, apenas porque é mais cómodo e seguro regressar ao sofá para ver TV, ou ouvir o excelente programa que está a passar na rádio.

Poderá parecer ridículo, a esta altura do campeonato, ver-me tão espantada com actos desta natureza. Mas é só porque, ainda assim, e todos os dias, continuo a remar contra esta maré, continuo a querer ser prestável e ajudar quando vejo que há necessidade disso. Continuo a não fechar a porta da minha casa e a não fechar a minha alma. Acredito que assim, entrará mais bem do que mal pela porta da minha casa.
No meu tapete da entrada está escrito wellcome home.



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cat Power :: Ruin #3

Depois de alguns anos sem lhe ouvirmos a voz, aqui fica um excelente tema da linda Charlyn Marie Marshall a.k.a. Cat Power.



domingo, 19 de agosto de 2012

Snoopy, o cão dos meus vizinhos


Snoopy é um nome que sempre me trouxe boas recordações. E este, até podia ser um post sobre um cão com feitio e pêlo na venta, mas silencioso. Infelizmente, escrevo sobre um animal que me atormenta o sossego, que me deixa a babar de raiva e a deitar fumo pelos ouvidos cada vez que entro ou saio de casa, porque ladrar é o que melhor sabe fazer.

Há cerca de um ano, os meus vizinhos, com os quais até simpatizo, tiveram a brilhante ideia de arranjar um animal de estimação, o Snoopy. Esqueceram-se foi de o educar como convém. Estão a ver alguma semelhança entre eles e o Charlie Brown? E este é um animal francamente nervoso. Sempre que me sente entrar em casa, au au, se uma porta bate, au au, se saio de casa, au au outra vez. Por vezes parece que adivinha a minha rotina melhor que eu mesma. Este cão não dorme, até de madrugada ladra!

Não é que me importe que os meus vizinhos conheçam a minha rotina de entradas e saídas de casa, nada disso! Mas já começa a ser demais conhecerem também os meus hábitos de higiene, entre outros. É que agora até quando vou à casa de banho ouço o cão a ladrar.

Nunca me imaginei a escrever sobre um cão com stress, até porque pouco tenho a dizer sobre o assunto. Já sobre os donos e o facto de pouco ou nada fazerem para calar o animal... Isso originaria todo um outro post, todo um outro universo de factos e racionalização da relação entre vizinhos. Fica para um dia de menores níveis de stress aqui em casa e sem o Snoopy a ladrar no apartamento ao lado!

sábado, 18 de agosto de 2012

This place #2 (É Prá Poncha)

É Prá Poncha
Rua da Galeria de Paris, 99, Porto
Seg-Sáb 17h00 / 04h00
Consumo mínimo: NA

É certo e sabido que as minhas incursões pela noite do Porto têm sido menos que as desejadas. Contudo, regressei de férias, é Agosto, a noite estava quente e não resisti ao convite para uma poncha comment il faut.

É Prá Poncha é mais um dos novos bares na movimentada Rua das Galerias de Paris. É um espaço que se desenvolve em comprimento e é delineado por finas estruturas onduladas no tecto. A caverna ganha vida devido ao sistema de iluminação que abrange um vasto leque de cores, e pelo movimento gerado no corredor que dá acesso à cabine do DJ. Um senão, devo dizer que demorei mais tempo que o desejável para identificar o acesso ao WC. Símbolos minimalistas e uma porta de correr que se confunde com a parede, são aspectos subtis que tornam o espaço mais bonito, mas muito pouco funcional também. Outro senão, este mais subjectivo, tenho a dizer que esta noite o DJ ficou a dever qualquer coisa à inspiração. Desde hits dos anos 80, à dita brasileirada, espanholada e outros sons que me atormentam ainda mais, revelou não ter estética ou coerência musical, mas estou disposta a passar por lá mais uma ou outra vez só para confirmar, ou não, as minhas suspeitas.

Já da poncha, o real motivo que me levou lá (entre outros!), só posso dizer que estava excelente. Provei a de maracujá e vi-me obrigada a repetir a dose. Por 3,50 euros bebe-se um elixir extremamente bem preparado com sumo de maracujá, aguardente de cana, mel e fruta natural macerada na hora. Com as ponchas vieram ainda amendoins e tremoços com um tempero dito madeirense e do qual não consegui descortinar todos os ingredientes. Ficou a vontade de regressar para provar as restantes bebidas com sabor a Madeira.

This Place ***
(Poncha *****)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

dEUS :: Nothing really ends #2


Hoje sinto-me assim... Perdida nesta cidade e a pensar o que poderíamos ter sido!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O que não fazer num feriado de Agosto

Passou-se ontem, mas partilho convosco hoje. E assim ficam gravados neste blog, sábios conselhos que, pelo menos a mim, me ficam como lição.

O que não fazer num feriado de Agosto:

1) Passear nas praias de Leça da Palmeira quando o sol espreita. Inadvertidamente, e porque no dia anterior tinha estado a chover e nesse dia de manhã até estava fresco, achei que a praia não estaria apinhada de pessoas. Mentira, engano, embuste. A praia estava cheia de gente e não havia um buraquinho para estacionar, mas como encasquetei que ia tomar café a ver o mar, lá dei mais duas ou três voltas ao quarteirão, mandei umas buzinadelas, e encontrei um lugar. Parei no Fuzelhas como é habitual, e aí começou a 2ª luta da tarde - encontrar um lugar para me sentar. Farta de ver gente uma em cima da outra e tendo dadas como goradas as minhas hipóteses de ficar por ali toda a tarde a ler em sossego, acabei por beber o meu café ao balcão. O café estava queimado e a tão desejada vista para o mar transformou-se numa sessão de cinema erótico com um casal de namorados a beijar-se como se não houvesse amanhã.

2) Ir ao IKEA. Saturada do mar e da praia e da enchente de pessoas que se passeavam felizmente com os seus cãezinhos e afins, resolvi ir ao IKEA de Matosinhos. Já tinha espreitado o novo catálogo e queria ver algumas das peças ao vivo. Que rica ideia! Pior a emenda que o soneto. Estão a ver o dia da família em Serralves? Aquilo foi sobejamente pior. Pronto, pronto, já sei que o Ikea por si só representa o conceito de família, e tal, por aí adiante. Mas neste feriado de Agosto, o Ikea teve a particularidade de receber inúmeras famílias francesas emigrantes e não emigrantes a juntar aos portugueses. Eram magotes de pessoas a passear os corredores por onde se ouvia algo do género Louis tu vas tomber, ah seu grande ... O resto da história vocês já sabem! Que pesadelo. Atalhei caminho por onde pude, não vi rigorosamente nada e pus-me a mexer dali o mais depressa possível. Merci e até à próxima, num dia que não seja um feriado de Agosto.

3) Fazer compras no Jumbo. Normalmente não faço compras no Jumbo, mas presumo que qualquer hipermercado naquele dia estivesse com uma lotação semelhante. Imbuída do espírito do amor e porque tenho ouvido dizer pela blogosfera, que o amor pode estar na esquina de um qualquer corredor de hipermercado, resolvi correr todos os corredores bem corridos. Amor nem vê-lo, e o cesto de compras aumentou muito mais que o previsto. É o que dá fazer compras sem a lista. No fim ainda fui parar a uma daquelas caixas onde somos nós que colocamos os produtos no saco e com um sistema único de pagamento final comum a duas filas. Um verdadeiro filme de terror. Lá teve que vir a senhora do Jumbo ajudar-me com as compras e com o pagamento.

Um programa a não repetir.
Com estas dicas vos deixo. Espero que sejam úteis!


The XX :: Angels #1


Para começar resolvi deixar-vos com esta dos The XX. Adorei vê-los no Optimus Primavera Sound e ultimamente estão sempre a tocar no meu PC.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Eu e o Marcelo Rebelo de Sousa, aquela pequena diferença


Há alguns anos atrás, penso que por volta de 2001 ou 2002, e aqui dêem-me um desconto pela falta de exactidão, mas já lá vão mais de 10 anos, o Público lançou uma colecção de livros. O primeiro livro da colecção, O Nome da Rosa de Umberto Eco, era gratuito. Como já tinha visto o filme vezes sem conta, resolvi adquirir o Público e com ele receber o livro de oferta.

Quando comecei a perceber que os livros que iam ser lançados eram daqueles clássicos que todos devíamos ler, pelo menos uma vez na vida, resolvi fazer a colecção. Salvo dois ou três livros que emprestei sem o v de volta, tenho a colecção completa e muito bonita na estante lá de casa. Gosto imenso das cores das capas e da forma como se conjugam na estante. A colecção tem um único senão. Por ter sido de baixo custo, tem uma impressão com fonte de letra muito pequena e pouco espaçada. Desta forma consegue-se reduzir bastante a quantidade de papel consumido em cada livro, o que olhando para o Doutor Jivago do Boris Pasternak, entre outros, se percebe perfeitamente. Ainda assim, e compreendendo os motivos da produção, os livros tornam-se menos fáceis e apelativos de ler.

Ao longo dos anos tenho lido alguns, mas dos trinta e um ainda faltam...bastantes. Entretanto, foram surgindo novos títulos e novos autores que tomaram precedência sobre estes clássicos. De qualquer forma, antes de regressar ao porto, passei pela estante e escolhi três que gostaria de ler até ao final do ano. Vou começar pela Costa dos Murmúrios da Lídia Jorge.

Ahhh... Eu e o Marcelo Rebelo de Sousa! Quando olhei para a colecção na estante, pensei que se fosse o Professor, já teria lido no mínimo dez vezes aquela colecção. Gostaria de ter aquela fome de livros e o conhecimento que advém de saciar essa fome. Mas enfim... batem as 12 badaladas e estou cheia de sono. Gosto de dormir pelo menos 7 horas para não parecer uma zombie no dia seguinte. Também gosto de ver uns filmes e umas séries e de sair com os amigos. Ah e gosto de escrever neste blog!

Ainda não consigo gerir tão bem o meu tempo que me permita ler tantos livros como o Professor. É só essa pequena diferença!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fashion #5

Não podia passar sem vos mostrar este look. Adoro ir buscar coisas ao armário, sobretudo ao armário da minha mãe. A saia foi usada por ela, ainda antes de 1980, num casamento de um casal amigo. É simplesmente linda!



Top preto com tachas Mango
Cinto em pele Zara
Saia Vintage
Calçado Cubanas 2011

sábado, 11 de agosto de 2012

Françoise Hardy & Moonrise Kingdom SIS#2


Um dia gostaria de viver ali, em Moonrise Kingdom, um local sonhado e concretizado à luz de um sentimento puro e inocente como só sabe ser o primeiro amor. Este é um filme não só sobre o amor e a perda da inocência, mas também sobre a amizade e a coragem.

Um filme altamente estilizado, com cores fortes e em tom amarelado a lembrar o instagram, bem ao estilo do Wes Anderson. As personagens remetem-nos para um mundo onírico e permitem-nos alhear do mundo real lá fora. Sem dúvida, para ver até ao fim, e deliciar-se com os créditos finais e banda sonora.

Na cena em que passa o tema da Françoise Hardy, podemos ver uma clara transformação nos dois protagonistas, é a descoberta da sexualidade e a ruptura com a infância. É um dos momentos mais bonitos e profundos do filme. E o tema que o acompanha não poderia ter sido melhor escolhido; o chick pop francês cai aqui como uma luva. De resto, toda a banda sonora do filme, do clássico à ópera e até mesmo ao country fluem e acompanham bem todo o filme.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Eu e a escova de dentes!



Não sei se conhecem alguma daquelas pessoas absolutamente espantosas, que conseguem lavar os dentes pela casa toda. Deitadas na cama, a ver um filme, o que seja, sempre sem deitar um único pingo de pasta de dentes ou água para o chão. Eu conheci recentemente uma pessoa com esta capacidade, as restantes só vi em filmes, mas acho fenomenal!

Aliás, até conhecer esta pessoa, achava que passear de escova na boca por toda a casa, era só mesmo uma cena de filme. Que não havia seres humanos reais capazes de operar este milagre. Sonhei sempre com possuir esta capacidade, que para mim é quase um super-poder.

Há dias, depois de várias tentativas falhadas no passado, senti-me inspirada e achei por bem voltar a tentar fazer esta cena de filme tantas vezes imaginada. Coloquei pasta na escova e pus-me a andar pela casa a lavar os dentes. Escusado será dizer que o chão ficou marcado em todos os sítios por onde passei, tal qual um rasto mal disfarçado. Tive que vir  logo a correr para o quarto de banho para o acidente não ser maior. Lá consegui acabar de lavar os dentes, mas não sem o remate final. Deixei o espelho todo pintado, estilo abstraccionista. Tenho ideia de ver um quadro do Kandinsky muito parecido.

Resumindo e concluindo, não fui feita para isto, mas continuo a nutrir uma profunda admiração e espanto relativamente àqueles que possuem esta extraordinária capacidade. Até porque agora sei que eles existem mesmo.

Fashion #4

Resolvi voltar aos saldos e acabei com esta carteira linda da Pepe Jeans. Não é um verdadeiro achado, mas fiquei tão feliz com ela!

Pepe Jeans
(52,50 Euros 30, 00 Euros)

Depois não resisti, passei na H&M e trouxe esta, só para mostrar 2 dedos de barriga. Linda!

H&M Norte Shopping
(9,95 Euros)

Espero que gostem!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Arrifana Sempre 2012




Tive sempre a nítida impressão que a nossa casa está onde estiver o nosso coração, e que regressamos sempre aos sítios onde estão aqueles que amamos e queremos bem.

Isto será sempre verdade, mas há algo mais. Há sítios que conquistam e marcam o nosso coração só por si, sem os ligarmos a recordações, boas memórias ou pessoas que ainda por lá estão. A Arrifana é um desses sítios!

Já fui tão feliz neste sítio, qual Malato qual quê! Fui tão feliz, que assusta pensar que poderia nunca mais ter vontade de lá voltar, só para não sentir e recordar aquilo que já ali vivi. Mas sempre que regresso, ainda que sozinha, ainda que acompanhada com amigos, ainda que ... continuo a ser igualmente feliz.
Há sítios mágicos, sítios que nos impelem para lá com a mesma naturalidade com que o sol nasce e se põe, sítios de uma beleza inigualável e que nos aportam essa tão procurada paz interior. A Arrifana é um sítio assim.

Com sorte ainda volto a ser feliz aqui!


terça-feira, 24 de julho de 2012

Estrela Polar



"O passado é um labirinto e estamos nele, um passado não tem cronologia senão para os outros, os que lhe são estranhos. Mas o nosso passado somos nós integrados nele ou ele em nós. Não há nele antes e depois, mas o mais perto e o mais longe. E o mais perto e o mais longe não se lê no calendário, mas dentro de nós."

Vergílio Ferreira, in 'Estrela Polar'


Demasiado deprimente para levar para a praia? Talvez, depende sempre do que precisamos. Leio Vergílio em qualquer dia do ano. Para mim, é um dos melhores escritores portugueses. 

sábado, 21 de julho de 2012

Entre amar e pensar que se ama vai uma distância de... 3 meses


Não pretendo vir para aqui dissertar sobre o que é o amor, nem presumo tão pouco, saber o que vai no coração dos outros quando dizem que amam. Mas convenhamos que, entre amar e pensar que se ama, vai uma grande distância. Uma distância de, talvez... 3 meses?

Ora vejamos!

Boy meets girl, girl blinks an eye, boy (tries) to conquer girl... E assim se desenrola uma relação amorosa que dura um ano. Ela não se apaixona e deixa-o esclarecido sobre isso. Ele, por seu lado, sucumbe a uma paixão que quase o fere de morte quando terminam! Porque no fim de contas era amor, dizia ele, um sentimento que o seu coração nunca antes tinha vislumbrado. 3 meses depois... Same boy meets another girl, girl blinks an eye, boy ... e são novamente juras de amor e de comprometimento à vista de quem as quiser ler.

3 meses? Mas será possível fazerem-se juras de amor a alguém, para depois as repetir a outra que se acaba de conhecer? Esclareça-se que o rapaz é genuíno, the real deal! Não faz o género engatar, comer e andar. Esclareça-se ainda que não é um adolescente com uma daquelas paixões assolapadas que fazem perder o norte. Não sendo um adolescente, nem um Don Juan conquistador, é de concluir com certeza, que o seu desenvolvimento psicológico anda bem perto da imaturidade. A imaturidade de alguém que não se conhece a si próprio, e procura a facilidade da companhia de alguém, em troca da difícil tarefa que é encontrar o verdadeiro amor. Fica assim clara, a confusão entre amor e medo da solidão. Deste sítio de onde escrevo, já prevejo um divórcio ou a frustração eterna pela certa. Ele ainda nem casou e eu já a falar em divórcio. Estou a exagerar um pouco, apenas para que se perceba.

Enfim... Ou a minha análise está correcta ou então eu sou completamente disfuncional! Para mim, 3 meses é um prazo demasiado apertado para me desligar de alguém que amei. Não acredito tão pouco, que se ame mais que uma ou duas vezes na vida (já digo duas, porque ainda quero encontrar outro grande amor!). Não quero ditar regras sobre este sentimento que não é racional, nem generalizar ou aplicar aos outros, aquilo que tenho certo para mim. Mas...

3 meses?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dos locais improváveis...



Hoje fui deixar o carro da empresa na oficina e acabei por ter que aguardar uma hora inteira que me pareceu interminável. Tudo isto, só para me abrirem ficha de cliente e trocarem as escovas do limpa pára-brisas! O serviço foi mediano mas acabei por pagar um absurdo, o que não me deixou feliz. Só espero que estas escovas durem mais que uns escassos meses, que foi o que aconteceu com as de origem.

Depois de ter passeado por todo o stand de automóveis e ter ficado endoidecida com os preços apresentados, resolvi sentar-me na área de espera bem identificada com uns sofás vermelhos em estilo minimalista. Assim que comecei a fazer alguma ginástica mental sobre as reais possibilidades de comprar carro, olhei para o tapete cinzento e vi duas unhas cortadas caídas no chão.

Achei incrível que alguém antes de mim, tivesse estado ali a cortar as unhas enquanto esperava. Até acredito que não houvesse mais nada para fazer, nem revistas ou jornais para ler, e que nem toda a gente aproveita os momentos mortos para pôr as ideias em dia ou rever mentalmente tudo o que tem programado fazer no seu dia de trabalho. Mas ir cortar unhas para uma oficina automóvel e ainda por cima deixar a prova do crime, parece-me demais! É como ir dentro do carro a tirar burriés ou ir para a praia de pinça na mão de forma a aproveitar para tirar um pêlo ou outro à espera de nunca ser apanhado.

Questões de limpeza e higiene é para tratar na esteticista ou em casa. Deixem a oficina para outras histórias que porventura se possam contar num blogue.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fashion #3

Finalmente arrancaram os saldos da Zara e apesar de não ter encontrado muitas bagatelas vi uma peça que há muito julgava perdida. Adoro a minha nova camisa!!!


Zara NorteShopping
Camisa (15,95 Euros) + Corsários (15,95 Euros)

E para provar as temperaturas dos últimos dias aderi ao calção de ganga. Só lhe faltam as tachas!


Bershka NorteShopping
Calção de ganga (12,99 Euros)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Termostato avariado ou a sina das mulheres



Este verão que nunca mais arranca e as variações bruscas de temperatura dos últimos tempos estão-me a deixar completamente doida. Hoje foi um daqueles dias em que resolvi sair fresquinha de casa e agora já estou farta de ver os pelinhos a ficarem em pé. Até já vesti um casaco só para me sentir mais confortável.

O meu escritório é um frigorífico no inverno mas uma das poucas vantagens que tem, é ser muito fresco no verão. Normalmente nem tenho necessidade de ligar o AC! Contudo, para além de outra rapariga que aqui trabalha, só tenho colegas de trabalho do sexo masculino. Uma maravilha diriam vocês! Pois, tem dias, digo-vos eu. Hoje estão todos com o AC ligado e a queixarem-se do calor e que não se aguenta e o diabo a quatro. E eu se digo que estou geladinha sou logo gozada e levo com aquela boca das mulheres assim, as mulheres assado, estão sempre com frio e continuam por aí adiante.

Desde sempre se procurou saber se a intolerância ao frio era uma questão de género e quase que aposto que é gravemente influenciada por esse factor, mas existem demasiados outros factores externos dignos de registo e capazes de nos alterar o termostato. A dieta, o tabaco, o sono... Em última análise, eu diria que a questão não é assim tão linear!

Irrita-me que traduzam tudo tão rapidamente em feminino vs masculino ou preto vs branco. Faz falta perceber que existem zonas cinzentas, que cada pessoa é um ser único e nela existem detalhes que não cabem em rótulos.

Às vezes não há mesmo paciência!

domingo, 15 de julho de 2012

Estou cansada...

 ...cansada de não partilhar o meu sofá com alguém, encostar-me no seu ombro, qual almofada, e simplesmente, ficar ali. Pode até ser no silêncio, no escuro, não há problema. Pode até ser a ver um qualquer documentário desenxabido da National Geographic. Qualquer coisa, desde que este espaço vazio aqui ao lado desapareça.

...cansada de dar passeios pelos Jardins do Palácio de Cristal sozinha. Mas quem raio é que vai para os jardins passear sozinha? Eu. Quando tenho necessidade de auto-comiseração e de me martirizar. Os jardins, com os seus cantos e recantos são um dos sítios com maior probabilidade de encontrar casais a beijarem-se na relva. Tudo para me lembrar logo ali, que me falta alguém. Parece que fazem de propósito!

Estou cansada de comer gelados com os primos casados, de sair com os amigos namorados e apaixonados e de regressar a casa para uma cama vazia. Estou até cansada de girls night out e de me embriagar até mais não quando saio com os amigos de sempre, aqueles que me ouvem as mágoas e me deixam a rir nos piores momentos.

O que eu quero é voltar a sentir aquele nó no estômago, a mostrar um riso nervoso só porque o telemóvel deu toque de sms, a ter-me como uma adolescente e a perder, pelo menos um dia, a pensar naquele momento em que nos beijámos, tocámos... Há coisa melhor que estar apaixonada?  Há demasiado tempo que não acho graça a ninguém e depois de todo este tempo já devia estar para acontecer. Já lá vão uns anos desde o meu grande amor e uns meses desde o último romance fracassado. Sim, de facto, já devia estar para acontecer. O relógio tem pressa e não pára de fazer tic-tac tic-tac até quase me ensurdecer...

Podia ser aquele arquitecto giro da loja na Miguel Bombarda! Aquele que encontrei este fim-de-semana quando estava sozinha a passear e a sentir pena de mim própria...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Air & Lost in Translation SIS#1


Air :: Alone in Kyoto
Lost in Translation OST

 E porque não começar esta rubrica com um dos filmes que faz parte do meu Top 10?

A Sofia Coppola é uma das minhas realizadoras preferidas, é-me impossível não sentir empatia com os trabalhos dela, mesmo do mais fraco não consigo desgostar. Em Lost in Translation ela foi mais longe do que em qualquer outro filme. Tal como este som que vos deixo, todo o ambiente criado é de uma sensibilidade estonteante e de uma subtileza a roçar o doloroso

Duas almas perdidas que vagueiam num local completamente diferente e absurso e onde se encontram, não no plano físico mas a um nível bem mais profundo.

Vi o filme em 2003 ou 2004 mas ainda hoje, acho que no final ele lhe diz que a ama, não fossem os contrangimentos da vida, os dois ficariam juntos para sempre, ali, onde se conheceram, onde estavam perdidos para depois se encontrarem, um no outro.

Obrigada por escutarem!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

This place #1 (Zenith Lounge)



Zenith Lounge
Hotel Ipanema Park, 15º – Rua de Serralves 124, Porto
Ter-Sáb 22h00 / 03h00
Consumo mínimo: 5 Euros


Ontem subi ao 15º Piso do Ipanema Park Hotel. 

Quarta-feira é noite de música ao vivo e pelas 23h30, apesar do vento que se fazia sentir, a casa estava composta e com gente bem disposta e elegante. O espaço tem uma decoração bastante sóbria, uma piscina luminosa e vista privilegiada sobre a cidade. Os preços praticados não são abusivos, tendo em conta o espaço; só para terem uma ideia a Heineken é 3,00 Euros e o café 1,50 Euros. 

Espero que comecem a fazer por lá umas sunset parties, o conceito está aí para ficar e o sítio parece-me ideal.

Sugestão: Quando forem agasalhem-se ou peçam uma mantinha quentinha que eles disponibilizam.

This Place ****


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Fashion #2



















Hoje li um post do Homem Sem Blog que me recordou o dilema do fim de semana ao ir aos saldos. Tal como ele, na época de saldos nunca consigo fazer escolhas inteligentes. Acabo sempre por cair na asneira de comprar peças da nova colecção. Não consigo resistir!!!

No conjuntinho de cima, a única peça em saldos é o top preto, que só levei para o provador porque tinha que sentir a saia com uma peça dessa cor. Estava em saldos, gostei, levei... De resto tenho dificuldade em procurar roupa em saldos naqueles montes e desarrumação imensa. Não que não se encontrem peças lindas, eu é que não fui feita para procurar agulhas em palheiros!

Zara
Saia (39,95 Euros), Cinto (17,95 Euros), Top (5,99 Euros)

domingo, 8 de julho de 2012

Fashion #1


OYSHO
 Este ano fiquei encantada com a linha de desporto e aproveitei os saldos para somar mais uma peça
 (5,99 Euros).


Comércio local em Castelo Branco (Av. 1º de Maio)
Não sou fã de acessórios mas adorei este alfinete!
(18 Euros)

Fuzelhas... Já ali!



Ontem resolvi trocar o Extreme Sailing Series no Douro pela Praia Fuzelhas em Leça da Palmeira (Bandeira Azul). 

O dia tinha amanhecido nublado mas depois de almoço o sol abriu e dourou a minha tarde. Aproveitei para pôr a minha leitura em dia. Comprei o Público como habitualmente faço aos sábados de manhã, almocei e fiz-me ao "Fuzelhas". Quando cheguei, a praia já estava apinhada de gente apesar do vento fresco que se fazia sentir, mas a estrelinha da sorte lá brilhou e consegui arranjar uma espreguiçadeira mesmo na linha da frente, tal como eu gosto. Excelente para apreciar a paisagem, respirar aquele ar salgado e aportar-me alguma da energia dessa massa brutal de água que tinha pela frente. Quem nasceu perto do mar, o que não é o meu caso, possivelmente não sente esta energia da mesma forma ou com a mesma intensidade...

Pude finalmente relaxar um bocado, pelo menos, fi-lo assim que me trouxeram um café e uma água com gás, tendo contado cerca de 15 minutos entre o momento em que me sentei e o momento em que o simpático empregado do Fuzelhas finalmente chegou até mim, isto depois de eu já me ter deslocado ao interior do bar para dar fé de mim! Enfim, é o problema dos sítios cheios de gente, até porque normalmente sou sempre bem atendida neste sítio.

So far so good... Qual crise? O mar, o sol, miúdos giros a passarem para cá e para lá... Durou 2 minutos! Foi o tempo de passar do suplemento Fugas para o jornal e para a polémica mais badalada dos últimos dias: A Constituição, o Princípio da Igualdade e os Cortes nos Subsídios. Não acham que isto dava um excelente título para um Western à moda portuguesa? Qual Estrada de Palha!

Mas a bem deste 2º post e da fotografia que coloquei, para respeitar o sol que hoje está lá fora assim como a vossa e a minha sanidade mental, fico-me por aqui.

Bar/Restaurante Fuzelhas
Av. da Liberdade, 997 - Praia do Fuzelhas
4450-718 Leça da Palmeira, Matosinhos - Portugal

sábado, 7 de julho de 2012

Simplesmente... Sophia

Simplesmente... Sophia

Aconteceu!

Andei às voltas durante mais de um mês com o design desta página para evitar escrever o que quer que fosse, com dúvidas sérias sobre o que seria ter um blogue e expor-me a todos os seres virtuais que por aí andam (supondo a remota hipótese de alguém se dar ao trabalho de ler as minhas "filmarias"). Mas ganhei finalmente coragem e aqui está o meu primeiro post, escrito por volta das 00h50, depois de um dia de cão a assumir trabalhos que não me dizem respeito e durante a visualização de um documentário da 2 sobre a problemática do sexless no Japão, para quem consegue imaginar o que isso possa ser! Surreal!.

Depois de tanta volta, acabei por entregar o título deste, chamemos-lhe vício (já que acredito que é nisso que se vai tornar este blogue, um excelente vício ao qual me pretendo entregar regularmente para fazer as minhas reflexões diárias e disparatar possíveis e impossíveis abalando o ritmo de vida diário para manter alguma sanidade mental) à cor que mais detesto desde sempre!!!! Irónico, a cor rosa e tonalidades afins foram desde sempre cores proibidas para mim, demasiado melosas achava eu. Mas depois de tudo, acho que não resulta demasiado mal, tendo em conta que não sou uma expert no assunto. Ou isso ou o adiantado da hora já não me permite qualquer tipo de bom discernimento.

Seja como for, estou aqui, com as minhas aventuras pelo Porto e arredores, amores e desamores (neste momento menos amores e mais desamores) contados como histórias de faca e alguidar. Um vislumbre sobre as minhas músicas, os meus filmes, as minhas viagens... enfim, o meu universo and all the shit I can think of ...