Para acabar um longo dia e uma longa noite, deixo-vos com True Romance, para quem acredita nisso, destes good good Citizens. E neste caso vale mesmo a pena acreditar! Este grupo londrino de cinco, assinou com a editora electrónica / indie Kitsuné, e o novo disco, Here We Are, lançado em Maio deste ano e produzido por Alex Kapranos dos Franz Ferdinand, é realmente qualquer coisa.
Fiquem atentos a esta banda. Eu estou à espera de grandes sons..
Este filme de 2011, realizado por Jean-Marc Vallée, foi-me apresentado por bons e grandes amigos. Desconhecia a sua existência e suponho que tenha passado despercebido a muita gente. Contudo, não o podia deixar passar em claro. É um filme sobre o qual ainda reflicto, e devo reconhecer que me tocou. Não sendo brilhante ou genial, possui essa capacidade particular de me fazer esquecer as pequenas falhas, assim como os elos fracamente estabelecidos ou personagens pouco aprofundadas.
O filme é-nos apresentado através de vários fragmentos de duas histórias, e, entre flashbacks e flash-forwards, rapidamente compreendemos que estas histórias estão lincadas por um amor tão forte, que é capaz de atravessar décadas para ser revivido e apaziguado. Por um lado, na década de 60, vivemos a história de Laurent, uma criança com síndrome de Down, que é profundamente amada e inteligentemente protegida pela sua mãe, Jacqueline. O amor que ela sente pelo seu filho, é levado ao extremo, e aqui, reconheça-se a excelente interpretação de Vanessa Paradis como mãe de Laurent. Do outro lado da linha temporal, na actualidade, vivemos a vida de um DJ famoso, Antoine Godin, que acaba de se divorciar e sente ter encontrado a sua alma gémea.
As duas histórias completam-se e unem-se à luz da música do Doctor Rockit, mas também de uma banda sonora maravilhosa que inclui Pink Floyd, Sigur Rós ou The Cure. Próximos do final, conseguimos antever a ligação entre as personagens.
Mais do que outro pensamento, e como noutros filmes de Vallée, Café de Flore relembra-nos que quando amamos alguém, devemos saber estar com ele, mas devemos igualmente saber, quando deixá-lo ir. "If you love something, let it go. If it comes back to you, it's yours
forever. If it doesn't, it wasn't meant to be." – Anónimo.